segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Livros, estado de espírito e eleições municipais


Ando com problemas graves para começar e terminar livros. Comecei e não terminei um porque ganhei ou comprei outro... enfim. no meu aniversário, por exemplo, ganhei três! (não sei se me acham realmente culta, ou se era porque estava rolando uma feira de livros aqui em Nova Iguaçu...).
De lá para cá comprei mais dois e já tinham alguns na estante para ler. Sinto que tudo isso é por conta do meu estado de espírito que anda oscilando muito (vida pessoal, eleições municipais...)

Faço agora uma enquete entre os mais clássicos que estão na fila de espera:

1- "Grande Sertão: Veredas" Guimarães Rosa,
2- "A Divina Comédia" Dante Alighieri , ou

3- "A Idade da Razão" Jean-Paul Sartre.

Por favor, ajuda!

PS: Só pra constar, já comecei e não terminei os dois primeiros... ensaio agora o Grande Sertão: Veredas (acho, inclusive que é o mais adequado no momento para a nossa querida cidade, ou será que nesse caso não seria melhor me aventurar por mais um, depois de seis consecutivos, Gabriel García Márquez no seu realismo fantástico...?!? Precisamos pertencer a isso aqui!!!!!!!)
PS2: Se forem indicar algum Gabriel García Marquez, não vale "Cem Anos de Solidão" porque esse eu já li!
ps3: Essa postagem não é sobre enquete de livros...

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Minha Rua...

Porque é no pertencimento que está nosso futuro.
MINHARUATEMHISTÓRIA

"Nova Iguaçu!
Terra linda e encantadora,
Desde os tempos de outrora,
Dos meus velhos ancestrais.
Tens uma história,
Cheia de belezas mil,
O encanto Fluminense,
É o orgulho do Brasil. (...)"


quinta-feira, 24 de julho de 2008

Um Índio e os Doces Bárbaros


Quando eu nasci na década de 80, Caetano, Gil, Gal e Bethânia já eram artistas maravilhosos e já eram os tão Doces Bárbaros (nome melhor impossível).

E agora com 22 anos, ouço a música "Um Índio" de Caetano Veloso (na voz de Bethânia!), gravada há tantos anos e como ainda é forte, e como ainda faz tanto sentido.

Essa é a letra:

Um índio descerá de uma estrela colorida, brilhante
De uma estrela que virá numa velocidade estonteante
E pousará no coração do hemisfério sul
Na América, num claro instante
Depois de exterminada a última nação indígena
E o espírito dos pássaros das fontes de água límpida
Mais avançado que a mais avançada das mais avançadas das tecnologias

Virá impávido que nem Muhammad Ali
Virá que eu vi, apaixonadamente como Peri
Virá que eu vi, tranqüilo e infálivel como Bruce Lee
Virá que eu vi, o axé do afoxé Filhos de Gandhi
Virá

Um índio preservado em pleno corpo físico
Em todo sólido, todo gás e todo líquido
Em átomos, palavras, alma, cor
Em gesto, em cheiro, em sombra, em luz, em som magnífico
Num ponto equidistante entre o Atlântico e o Pacífico
Do objeto-sim resplandecente descerá o índio
E as coisas que eu sei que ele dirá, fará
Não sei dizer assim de um modo explícito

Virá impávido que nem Muhammad Ali
Virá que eu vi, apaixonadamente como Peri
Virá que eu vi, tranqüilo e infálivel como Bruce Lee
Virá que eu vi, o axé do afoxé Filhos de Gandhi
Virá

E aquilo que nesse momento se revelará aos povos
Surpreenderá a todos não por ser exótico
Mas pelo fato de poder ter sempre estado oculto
Quando terá sido o óbvio.


terça-feira, 1 de julho de 2008

Idéia e Criação.


Hoje me peguei pensando em idéia e criação. Me questionei sobre isso, se quando temos uma idéia, estamos criando algo.
Cheguei a conclusão de que não, claro que não estamos. E, penso ainda que criar é muito mais importante do que ter a idéia.
Fiquei comparando a idéia com ter uma criança.
Exemplo: Uma mãe que dá a luz, mas não CRIA seu filho. Quem CRIA é a mãe de CRIAÇÃO.
Engraçado, a mãe que dá a luz (luz=idéia) é chamada de mãe biológica (que nome pavoroso...). A mãe que cuida, dá carinho, atenção, ensina a andar, falar e principamente alimenta, é chamada de mãe de CRIAÇÃO.
Mãe de criação... cheguei a conclusão: sou uma mãe de criação! Crio uma idéia, com ajuda de um pai e dois tios, que na verdade já não é mais apenas uma idéia. Já é um ser quase que independente de 2 anos de idade.

Foto Mazé Mixo

quinta-feira, 19 de junho de 2008

Cine Mudança

Mudar... o ser humano é um bicho feito para isso... acho que menos eu!
É no mínimo interessante o fato de estar em algum lugar por um tempo e depois se transferir para outro. Ou só eu acho no mínimo interessante e todas as outras pessoas acham normal?!?

Sou uma pessoa meio estranha (faço uma idéia de que isso já deve ser de conhecimento de todos que me conhecem ou lêem o que eu escrevo nesse blog), e não gosto muito de mudanças em minha vida, o que não quer dizer que não ache que elas sejam necessárias, e que algumas delas não tenham sido planejadas, mas enfim, eu me incomodo um pouco.

Existem fatos engraçados e até curiosos com relação a isso. Um deles me lembro bem... eu tinha quase 11 anos e estava na 5ª série. Tudo na mais perfeita ordem, até que foram chegando os festejos juninos e me dei conta de que não dançaria mais quadrilha na escola, pois já estava na 5ª série do 1° grau e quem dançava quadrilha e participava de festinhas na escola eram as crianças, e eu já era uma "mocinha" (palavras de uma das minhas professoras).

Modéstia à parte, nunca fui uma criança chata de ficar chorando a toa ou fazendo pirraça, mas nunca me relacionei bem com o fato de ter que crescer. Então relatei o fato a minha mãe, dizendo que eu estava muito desapontada com tudo isso e que, afinal de contas, eu ainda era uma criança!

No fim das contas fiz com que me aceitassem na quadrilha e dancei com meu primo que estava na 3ª série.

Outro fato curioso (e ainda pior que o primeiro) foi quando fiquei realmente "Mocinha" (nossa... como eu sempre odiei essa palavra...). Tinha 12 anos e estava em plena viajem de carnaval com a família, amigos da minha mãe e adivinhem só: meu primeiro namoradinho! Só que infelizmente dessa vez não pude reverter a coisa, e desde essa data isso acontece comigo TODOS os meses.

Pois é... de lá para cá, mudar está se tornando cada vez mais necessário, e eu nem quero mais que não seja, mas eu continuo não me dando bem com mudanças. Coisa de gente doida.


Foto 1 - foto tio Alan
Foto 2 - não lembro quem tirou a foto. Tirada em uma das sessões do Buraco.

terça-feira, 27 de maio de 2008

Seria a serpente, a primeira.


Em todos os cantos as pessoas falam.
Eu fico aqui, muda, ouvindo.
Ontem me disseram pra deixar de ouvir de fora pra dentro,
e começar a ouvir de dentro pra fora.
Parar durante a semana e ter tempo de fazer as unhas.
Gosto de ouvir, mas as vezes sufoca...
Seria essa serpente, a primeira!?


Foto Mazé Mixo

quarta-feira, 21 de maio de 2008

Troco meu amor por balas Juquinha!


Eu tenho um namorado. Semana passada nós fizemos 3 anos de namoro. Ele tem vários defeitos e coisas (prefiro chamar de coisas...) que me deixa chateada, aborrecida e tudo mais.
Mas ao mesmo tempo, ele é um namorado super legal, e tem várias coisas (também prefiro chamar de coisas!) de que gosto muito, dentre elas a capacidade de me fazer rir.
Nossa, como eu me divirto! Tem dias que nada segura meus ataques de riso (e aí ele pergunta: "Eu não passo de um motivo pra te fazer rir, não é? Eu sou um palhaço!" o que piora totalmente a situação, parece que nunca mais eu vou conseguir parar...)

Bom, expliquei tudo isso para contar uma das coisas que mais me divertem. Além de namorarmos, trabalhamos (incansavelmente) juntos e quando estamos fazendo algum orçamento e temos que decidir quanto alguém vai ganhar, ele sempre fala: "Amor, dá R$2,00 de balas Juquinha!". Agora veja só... pagar alguém com balas Juquinha!

Enfim... acho que vou trocar ele por balas Juquinha! rsrsrs...

Imagem retirada da Internet.

domingo, 4 de maio de 2008

Displicente


Dis.pli.cen.te 1. Que produz displicência; 2. diz-se de pessoa que revela displicência, desleixo, negligência; 3. pessoa negligente.
Cheguei a pensar que tinha sido displicente com o blog. Mas vendo o que significa displicente no dicionário, me limito a dizer que precisei de um tempo, ou melhor, que fui obrigada a me dar um tempo. E tive de arrumar tempo pra outras coisas da minha vida.
Tempo. Espero a partir daqui ter retomado.

Logomarca do Cineclube Buraco do Getúlio para fundo branco.

quinta-feira, 27 de março de 2008

Audiovisualista

O livro "De Corpo Inteiro" de Clarice lispector, é uma coletânea de entrevistas realizadas pela própria Clarice para a revista Manchete. No livro ela entrevista personalidades, entre eles músicos, poetas, doutores, e por aí vai. Lendo o livro, gostei bastante das entrevistas de Vinicius de Moraes, Chico Buarque e Jorge Amado. Mas nenhuma me chamou mais atenção que a de Alceu Amoroso Lima. Confesso que nunca tinha ouvido falar nele e fui pesquisar (resumindo muito, foi um crítico literário, professor, pensador, escritor e líder católico brasileiro. Tinha o pseudônimo de Tristão de Ataíde e se tornou membro da Academia Brasileira de Letras em 1935) mais na wikipédia

O que me fez ficar surpresa e sorrir sozinha lendo o livro foi o que Alceu disse em dado momento da entrevista (que aconteceu em 1969) para Clarice:

"- Qual o seu juízo sobre a literatura brasileira de nossos dias?
- Creio que continuamos a viver no desdobramento da revolução modernista de 1922. Os séculos se sucedem, é verdade, sem se repetirem. É possível que o século XX, portanto, divirja do século XIX, onde houve dois grandes momentos de renovação: a década de 1830 a 40 e a de 1880 a 90. Na primeira, passamos do classicismo ao romantismo; na segunda, deste ao realismo e ao simbolismo. No século XX, houve a revolução literária da década de 1920. Será que a próxima ocorrerá também antes de 1980? Será então a revolução audiovisualista, com a passagem da literatura escrita à oral e visual, como em 1920 houve a revolução modernista, com a passagem da escrita lógica à escrita mágica. Como não estarei aqui em 1980, você me dirá se havia algum fundamento na minha previsão..."

O curioso é que Clarice não chegou a viver 1980 (morreu em 77), e já Alceu sim (morreu em 83). De qualquer forma, é impressionante e bela previsão, a visão de futuro de Alceu, mesmo não tendo acontecido exatamente em 80. A última pergunta da entrevista é:

"- Qual foi o maior elogio que o senhor recebeu em sua longa vida?

- Foi guiando automóvel, numa curva difícil da estrada Rio-Petrópolis, chovendo, estrada superlotada, névoa. Fiz uma manobra arriscada e ouvi um dos meus filhos, então pequenos, dizer para o outro: "O velho é fogo na roupa..." Mas isso já foi há muito tempo..."

Concordo com o garoto. O velho foi mesmo fogo na roupa.


Imagem retirada da Wikipédia.
Alceu Amoroso Lima é o 5° da esquerda para direita em pé.

sábado, 22 de março de 2008

A dama, Shyamalan, eu e a visão de mundo

Hoje li a crítica de Francis Vogner dos Reis na Revista Cinética sobre o filme de M. Night Shyamalan "A Dama na Água".
Mais que uma crítica de cinema, o texto aborda outras e intensas questões: um cineasta em construção, a melancolia das fábulas contemporâneas, o conceito de comunidade como um espaço físico e subjetivo, a memória dos tempos atuais sendo o fracasso da imagem, a fantasia como chave para o cineasta orientar suas questões, a religiosidade entendendo a imagem como elemento de criação de significado.

Concordo em gênero, número e grau com Francis quando ele diz que o filme pode até ter algumas limitações, assim como seus filmes anteriores, mas Shyamalan inegavelmente é um dos poucos cineastas norte-americanos surgido nos últimos dez anos que tem um claro (além de bonito e bem construído) projeto de cinema.

Como admiradora da coragem de Shyamalan, destaco a parte do texto em que Francis diz: "Não existe grande cineasta que não revele um particular e original sentimento de mundo, às vezes com tanta força que os defeitos parecem pequenos perante as qualidades: é assim com Godard, é assim com DePalma, era assim com Glauber. Hoje em dia isso é algo raro."

Vejam o filme e leiam a crítica. Espero que cineastas com essa coragem surjam por aqui, nesse "novo cinema" que vem sendo criado e constantemente transformado com a nossa visão de mundo. Tem uns poucos que ando observando e que já admiro, mas isso é pra um outro momento. No
mais, aguardo respostas e questões por aqui!

Imagens retiradas da internet.

sexta-feira, 14 de março de 2008

Uma Flor Amarela

No dia em que aparecer uma flor amarela na parede da minha casa, do lado de dentro ou de fora, vou saber definitivamente que desviei o curso da minha subjetividade, por escolha própria e sem precisar de ajuda. Ela ainda não está na parede, mas já está estampada aqui no peito, linda... e amarela.


Intervenção realizada por Banksy.
Foto retirada de seu site.

Eu em outro espaço 1

Postagem para o Artisting Magazine, galera jovem, bacana, que escreve sobre como vê o mundo. Me chamaram, lá fui eu. Aí está minha contribuição para o mundo (deles?!)

segunda-feira, 3 de março de 2008

Linguagem

Quando pensamos em linguagem, pensamos em formas de comunicação por meio de símbolos ou de sons que são pré-estabelecidos. Ou ainda tudo que serve para expressar idéias, sentimentos. Enfim, jeitos de se fazer ou tentar se fazer entender.
Hoje lendo um texto de Cléber Eduardo da Revista Cinética sobre os caminhos do cinema brasileiro em 2007, um trecho me chamou atenção:

"(...) Para João Moreira Salles, a dúvida sobre o documentário é assumida, mas destrinchada. Para Coutinho, a dúvida é a linguagem, o efeito, a estratégia e o objetivo. Toda imagem e toda palavra revelam e escondem algo. Toda linguagem é uma mentira em busca de uma verdade. Em Santiago, a verdade é trazida à tela, pela voz, e a linguagem se cumpre. Em Jogo de Cena, a verdade se esconde, aparece pela metade, a linguagem se assume, não mais como capacidade de evidenciar, mas como disposição de omitir.(...)"

Afirmo eu que a linguagem e a vida são uma coisa só (lá no título do blog). As duas estão em eterna modificação, por questões como época, espaço, conceito, cultura, etc. Mais uma vez faz-se cumprir a sentença de Guimarães Rosa. Com a linguagem do documentário não foi diferente. Ela, que inicialmente foi pensada para mostrar verdades, chega ao momento em que também é usada (e magistralmente) para omitir. Eterna modificação. Bingo!
Parte da Partitura de "Águas de Março", música de Tom Jobim.

Tecnologia e Abstrações (no domingo)


olho aberto. meio-dia. vaga lembrança da madrugada. almoço. frango. internet. paixões. o plural. cinética. visitas. blogs. textos. críticas de filmes. passeio pelo bairro. refrigerante. conversa fora. companhia de namorado. mãe triste. caminho de volta. desesperança. angústia. sorriso. lanche. patê de presunto. gata. paredão. tentativa de ver filme. andarilho. tentiva de postagem. mais um domingo.

1. Sinto-me muito melhor agora que desisti de esperar.
2. Prometo não ser mais tão abstrata nesse espaço.

"A Lua" de Tarcila do Amaral

domingo, 24 de fevereiro de 2008

Alice


Tem uns meses já que ela não me larga. Desde que Bion teve a excelente idéia de fazer um filme que abordasse a história de "Alice no País das Maravilhas", esse nome não me sai da cabeça, me percegue. Enquanto desenvolviamos a estória, coisas estranhas que prefiro chamar de "alucinações criativas" aconteceram.
Primeiro estávamos num bar, não lembro onde. Entregaram uma filipeta, de uma rave, e qual era o tema da festa? A bendita Alice. Tempos depois, fomos passar o ano novo em Itacuruçá, na casa de parentes do Bion. Estou eu sentada na varanda da casa, quando vi uma mochila de criança, com um nome bordado. Qual o nome? Alice. O mais interessante é que ninguém na casa, e nem ninguém de todo o quintal que tinha várias casas se chamava Alice. Estranho não?
Sei que depois disso, Alice virou até nome da minha primeira filha! (que não pretendo ter tão cedo...)
E agora, faltando dias para largar a estória, mesmo que ainda escrita, para alçar vôos maiores e talvez ser filmada, já sinto saudades!
Deixo aqui minha satisfação em ter pesquisado tanto sobre ela, ter descoberto que Lewis Carrol gostava de fantoches, era prestidigitador (eu pesquisei depois o que significava isso...), era amigo do pai de Alice (a verdadeira!), teve a idéia de escrever a estória depois de conta-la a Alice e suas irmãs, entre outras coisas.
Foi bom enquanto durou a gestação. Agora, que venha a "criação" do filho, ou melhor, da nossa querida filha!

Foto de Diego Bion

domingo, 17 de fevereiro de 2008

Todos, mas nem todos os dias.


Todos os dias acordo,
durmo,
penso,
tomo banho,
como.

Mas não é todos os dias
que minha gata quebra a perna.

E nem todos os dias
preciso matar um leão,
uma zebra
e uma serpente.

Só às vezes.

Foto minha!

quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

Napoleão Bonaparte

Ontem comprei uma agenda. Escolhi com certa pressa uma que fosse barata e bacana ao mesmo tempo e que "parecesse" comigo também. O que não vi é que ela tinha uma frase ou citação de uma personalidade ou anônima para cada dia do ano. Olhando-a com calma descobri as "frasezinhas" que ela continha e tive a impressão de que nas datas de aniversário das pessoas mais próximas a mim, as frases tinham algo a dizer sobre ou para essas pessoas. Fui então olhar o dia 15 de julho, data do meu aniversário, que dizia:
"A melhor maneira de manter sua palavra é não dá-la." Napoleão Bonaparte

Tirem suas conclusões.

Foto minha!