segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

Anúncio

De longe era um túnel possível. De perto, buraco de agulha. Sem haver outra maneira de passar para o outro lado, vai diminuindo como de costume. Depois de atravessado, o que será do buraco? E dela? A placa no pescoço, pesada, de madeira entalhada à mão, com corrente dourada, anuncia "Troca-se alma por paz de espírito". Os dias de peso e os dias de asas costumam revezar.

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2016

Carnaval sem lua no céu

No transcorrer desses dias líquidos, faltou purpurina. Entendeu que não adianta buscar fora se a procura é pelo que está dentro. A energia pulsa a cada esquina. Rua, rua, rua. No estar só mesmo que no meio de um bando de gente, o céu completamente azul rouba a atenção. As noites foram de Vênus, sempre lá, soberano. Bruxa não mexe com magia sem lua no céu, prefere pegar Sol. A quarta com cara de fim da linha é feita de cinzas, restos do que foi queimado diversas vezes. Fênix não existe nessa mitologia, aqui sabemos muito bem quem mexe com fogo.