sábado, 14 de fevereiro de 2015

Sobre tudo passar, até as coisas que ficam

Vazio no peito. A esperança despediu-se em meio ao milésimo de segundo anterior ao encontro entre a gaveta e a parede. Deu parede, claro. A força e o despejo dão o tom da notícia. Nem na pior das hipóteses ela esperava por aquilo. Sacolas cheias de dor, lágrimas e trapos são arrastadas escada abaixo. A temperatura é alta e os gritos também. Algo no peito se quebrou, exatamente como o vidro da janela da sala. Existem reações que não cabem aqui. Elefantes não entram pela porta da frente. Tudo o que ela precisava era ganhar flores no sábado de carnaval, mas nem isso aconteceu.