Hoje lendo um texto de Cléber Eduardo da Revista Cinética sobre os caminhos do cinema brasileiro em 2007, um trecho me chamou atenção:
"(...) Para João Moreira Salles, a dúvida sobre o documentário é assumida, mas destrinchada. Para Coutinho, a dúvida é a linguagem, o efeito, a estratégia e o objetivo. Toda imagem e toda palavra revelam e escondem algo. Toda linguagem é uma mentira em busca de uma verdade. Em Santiago, a verdade é trazida à tela, pela voz, e a linguagem se cumpre. Em Jogo de Cena, a verdade se esconde, aparece pela metade, a linguagem se assume, não mais como capacidade de evidenciar, mas como disposição de omitir.(...)"
Afirmo eu que a linguagem e a vida são uma coisa só (lá no título do blog). As duas estão em eterna modificação, por questões como época, espaço, conceito, cultura, etc. Mais uma vez faz-se cumprir a sentença de Guimarães Rosa. Com a linguagem do documentário não foi diferente. Ela, que inicialmente foi pensada para mostrar verdades, chega ao momento em que também é usada (e magistralmente) para omitir. Eterna modificação. Bingo!
Parte da Partitura de "Águas de Março", música de Tom Jobim.
"(...) Para João Moreira Salles, a dúvida sobre o documentário é assumida, mas destrinchada. Para Coutinho, a dúvida é a linguagem, o efeito, a estratégia e o objetivo. Toda imagem e toda palavra revelam e escondem algo. Toda linguagem é uma mentira em busca de uma verdade. Em Santiago, a verdade é trazida à tela, pela voz, e a linguagem se cumpre. Em Jogo de Cena, a verdade se esconde, aparece pela metade, a linguagem se assume, não mais como capacidade de evidenciar, mas como disposição de omitir.(...)"
Afirmo eu que a linguagem e a vida são uma coisa só (lá no título do blog). As duas estão em eterna modificação, por questões como época, espaço, conceito, cultura, etc. Mais uma vez faz-se cumprir a sentença de Guimarães Rosa. Com a linguagem do documentário não foi diferente. Ela, que inicialmente foi pensada para mostrar verdades, chega ao momento em que também é usada (e magistralmente) para omitir. Eterna modificação. Bingo!
3 comentários:
a linguagem eh uma coisa q me facina
codigos e criptografia sempre me atrairam...
hoje eu aprendi mais um dele
o morse. vc conhece?
linguagem capaz de omitir fatos?
a vida é capaz de omitir fatos?
ai, me perdi.
mãããe! me salva!
É assunto é mais complexo do que se pode imaginar quando você compara a linguagem à vida. Pra mim a linguagem tbm tem a função de omitir, assim como a vida.
Tanto no caso do documentário em que o diretor usa isso como "estratégia" pra omitir as verdades / e na vida como escondemos os segredos e etc... Quanto na idéia do público absorver as verdades de cada maneira./ Assim como as pessoas nos julgam de diferentes maneiras atravez de nossas ações.
É o que o carinha lá falou: A linguagem é uma mentira em busca de uma verdade.
Postar um comentário