Inconscientemente, depois de um tempo de auto contemplação, comecei a retomar coisas que há muito havia deixado de lado, dentre elas o cuidado diário de meu pequeno, dedicação mínima ao meu projeto de vida que é o Buraco do Getúlio e ligar ou enviar e-mails às pessoas que me são caras dizendo simplesmente que sinto falta de suas companhias (geralmente sou uma amiga, filha, irmã, neta, sobrinha... escrota e fria que não procura ninguém).
Mas a coroação da retomada do que talvez chame de "minha consciência" se deu quando peguei para reler, pela terceira vez (a primeira aos 12 e a segunda aos 15 anos), a série de quatro livros de "As Brumas de Avalon" (que "herdei" de minha mãe e que talvez seja a mãe de séries como "As Crônicas de Nárnia" e tantas outras). Ela não anda me parecendo tão exuberante, apaixonante e fantástica como das primeiras vezes lidas, por vezes é até meio massante e repetitiva (apesar de eu continuar sendo tão pequena quanto Morgana é descrita na série e isso tivesse me feito sentir, aos 12 anos e pela primeira vez, alguém especial, "parecida" com um personagem importante da literatura mundial como "Morgana das fadas", e que isso hoje não me diga coisa alguma, sem a fantasia necessária para essa mesma leitura...), mas sinto que estou reencontrando meu centro com os livros, e de alguma maneira, fechando mais um ciclo complicado e caro na minha vida.
Esses dois parágrafos escritos me fizeram lembrar de um outro livro lido aos 6 ou 7 anos, que se chama (pasmem!) "Luana no Reino das Letras". Mas isso é assunto para outra postagem...
