terça-feira, 23 de agosto de 2016

Pilha de papéis

Rasgando uma pilha de papéis e no ouvido o verso "hoje acordei sem imagem e sem som". A cabeça só pensa em quantas coisas tem vontade de dividir - nada de importante, como sempre, só fofocas, memes e trechos de um livro bacana - e não pode porque tem um muro amarelo na frente. A decepção consigo mesma por ter gasto uma hora de terapia falando desse negócio que inventaram juntos, mas que ele decidiu sozinho deixar pra lá, só cresce. Tanta coisa mais importante pra falar, pra acalentar, pra resolver...  o conselho ela já decidiu que não vai seguir, porque não tá forte o suficiente pra se despir sozinha de novo. O céu e inferno de áudios no whatsapp está arquivado, faz parte do processo de desamor não querer ver. Se não tivesse decidido que a mensagem de feliz aniversário seria a última, adicionaria uma observação: bicicletas são pra pedalar e não pra servir de composição pra foto.

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