segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Do amor.

No início eles não pareciam em nada um com o outro. Não combinavam a cor, a roupa, muito menos o pensamento. Descobriram então que se amavam; ela primeiro, naturalmente. Foram se misturando, ficando parecidos a ponto dos que estavam ao redor fundirem seus nomes. Isso durou até o dia em que perceberam que não ficaram parecidos, ao contrário. Ficaram tão diferentes com o passar do tempo, que se completavam de uma maneira única, a ponto de confundir. Perceberam isso porque ele era teimoso como uma mula empacada, e ela, teimosa como uma daquelas borboletas que não saem do quarto por nada.




Imagem: Les Amoureux - Pablo Picasso

3 comentários:

Unknown disse...

Gosto tanto do seu jeito de escrever.
Sempre numa sintonia e tudo mais.
To querendo retomar meu blog, gosto tanto de escrever e ultimamente tenho tanta coisa pra falar... Vamos ver no que dá.

Beijo, Luazinha =)

Zeh Alsanne disse...

Acho que a 'ficção' é o melhor modo de explicar a realidade. Porque na real os sonhos, os pensamentos se fazem mais presentes do que os fatos.

Sempre que postar me deixe um recadinho. Por favor. Não tenho acesso fácil aos blogs.

Adorei. Bjo!

The unknown human who sold the world disse...

Viu?? Tá fazendo já sucesso!!! Adorei borboletas que não saem do quarto por nada. Seriam elas transparentes?