quarta-feira, 28 de dezembro de 2016

Cartas II

Os sonhos, sempre eles, e agora, todos os dias. Se revezam entre sonhos bons e pesadelos. E, quando são pesadelos,  sempre acordo ofegante de barriga pra cima.

Eu me forço a acreditar que se ouvesse contato, retorno, sinal de fumaça, eu teria paz. Mas de que tipo de contato estaríamos falando, não é mesmo? Minha porção medrosa, carangueja, masoquista, me faz ficar confortável no silêncio - e na dor. Meus outros noventa por cento só têm vontade de te odiar.

As crias crescem rápido, você não acha? Uma dica preciosa: todas elas crescem rápido, não se volta atrás.

O ano vai embora tarde. E eu sigo esperando, não mais por você.

Lua.

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