quarta-feira, 12 de outubro de 2016

Carta pra ela

Rebeca,

Entender que existem mil formas de amor é um presente do tempo. Achar no meio desse tanto de gente perdida alguém que sintonizou a mesma frequência que você é privilégio, dos grandes. Andam me salvando de mim mesma nossa necessidade bonita e tranquila de estar perto uma da outra. As conversas intermináveis sobre produção cultural e compreensão de metrópole que está dando frutos, as comidas preparadas de madrugada, o caminho centro do Rio x Nilópolis realizado de todas as maneiras e horários possíveis, as inúmeras vezes que dormimos, rimos ou choramos juntas, a única vez que fomos à praia e como foi um dos melhores dias desse nosso ano louco, as séries e filmes que a gente nunca assiste até o final porque sempre estamos cansadas demais, os rolês de carro ouvindo música alta, a noite da droga do amor, as percepções compartilhadas do que foi e é ter se tornado mulher, as vezes que a gente consegue tempo e toma uns cafés maneiros, como a gente se parece e é tão diferente ao mesmo tempo, o azul e o encarnado. Obrigada por me acolher frágil e me deixar descansar em você sem ressalvas, sem medo, sem culpa. Obrigada por me deixar te acolher também.

É uma felicidade enorme ter te [re]encontrado nessa vida.

Amo você, raynha.

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